SOBRE O AUTOR
Sergio Correia Branco nasceu na ilha da Madeira, Portugal. É natural da Vila de Camacha, uma das localidades mais conhecidas da ilha pela riqueza das suas manifestações culturais, pelo seu folclore, pelas suas flores e pelos seus artesanatos em vime.
Emigrou com os pais para a Venezuela em 1981, e desde muito jovem sente-se atraído pela música tradicional portuguesa que ouve incessantemente nos LPs e cassetes de grupos folclóricos que a sua família envia de Portugal.
No entanto, não seria até 1995 quando começou a tomar aulas de música com o professor Antonio “Chema” Domínguez no Estado de Vargas, primeiro na catedra de cuatro venezuelano e depois violão. Ele também começou a tocar bandolim de forma autodidata.
Nesse mesmo ano iniciou os seus estudos superiores na Universidade Simón Bolívar da costa Varguense (USB) e aí se encontrou com o Professor Domínguez, que então dirigia a Rondalla Universitaria da dita casa de estudos. Convidado por ele para fazer parte do grupo, acabou participando como o primeiro violonista e voz ao longo de sua carreira universitária.
Com a Rondalla Universitaria, viajou a Cuba em 1998 para representar a Venezuela no XIII Festival Internacional Boleros de Oro, realizado nas cidades de Santiago de Cuba e Havana. Junto com seus colegas (alunos e professores universitários da USB) dá concertos nos míticos teatros José Martí, Mella, América e Karl Marx, onde exaltam o bolero como gênero fundamental da América Latina através da interpretação de peças representativas compostas por autores venezuelanos.
Além da Rondalla, fez parte da Coral Universitaria da USB, sob a direção do maestro Jesús Ponce. Lá atuaria como voz tenor, participando também do I Encontro de Coros Universitários Simón Bolívar, realizado na referida casa de estudos com a participação de corais de várias universidades venezuelanas. Também dirigiu o coro juvenil paroquial "María Madre de la Iglesia" em Carmen De Uria, estado de Vargas, entre 1996 e 1999.
Em 2002 adquiriu o seu primeiro acordeão e iniciou a sua aprendizagem com o Professor Mario Coppola na cidade de Caracas, materializando assim o seu sonho de criança de aprender a tocar música tradicional portuguesa.
Tendo adquirido a habilidade de tocar o instrumento, é convidado pela direção do Grupo Folclórico "Alma Lusitana" de Montalbán, Caracas, para assumir a direção musical do grupo, cargo que ocupou durante 4 anos participando de diversos festivais. do folclore português na Venezuela, festas religiosas, eventos culturais e festas privadas da comunidade luso-venezuelana
Na ânsia de aperfeiçoar e refinar a representatividade do seu grupo, embarca na investigação e estudo da etnografia, costumes, costumes, ritmos, instrumentos típicos e tudo o que se relaciona com o folclore português. Estuda inúmeros textos e participa assiduamente em fóruns e grupos de discussão via Web com especialistas portugueses, adquirindo sólidos conhecimentos que lhe valeram ser convidado em 2004 para formar e presidir a secção venezuelana do Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades, uma associação sem fim lucrativo com presença em 10 países de marcada imigração portuguesa, dedicada à divulgação e salvaguarda do autêntico folclore português.
Em 2006 ingressou na Associação Cultural Grupo Folclórico "Os Lusiadas" de Caracas, interpretando acordeão e concertina (acordeão diatônico).
Em 2007 foi convidado a ir a Portugal para participar no 1.º Congresso de Jovens Folcloristas Portugueses, realizado no Instituto Português da Juventude (IPJ) na cidade de Faro, Algarve. Posteriormente, percorreu várias regiões de Portugal, conhecendo em primeira mão as actividades dos grupos folclóricos portugueses, frequentando festivais de folclore e estabelecendo laços de cooperação técnica e documental com dirigentes associativos para promover a melhoria contínua da autenticidade e representatividade dos grupos. na Venezuela.
Em Agosto de 2008, organizado conjuntamente pelo Clube de Jóvenes Folkloristas Portugueses e pela Associação Cultural "Os Lusiadas", realizou-se o 1º Congresso de Folclore Português na Venezuela, no Centro Português de Caracas, com a participação de especialistas vindos directamente de Portugal e mais de 300 pessoas ligadas aos múltiplos grupos culturais portugueses em toda a Venezuela.
Participa no debate "Conversas à Lareira", uma iniciativa após o congresso que permitiu a representantes e dirigentes de grupos e associações culturais portuguesas em Caracas esclarecerem dúvidas e inquietações sobre etnografia e folclore de forma muito mais próxima directamente com os especialistas de Portugal para o congresso.
A partir de 2009, assume novas responsabilidades no exercício da profissão que o impedem de dedicar o tempo necessário às atividades culturais, sendo obrigado a retirar-se como membro ativo dos grupos. No entanto, desde então tem colaborado com vários grupos folclóricos como acordeonista.
Tem também sido repetidamente convidado para os festivais ou concursos de folclore português que se realizam anualmente na Venezuela na função de Júri de Qualificação, pondo em prática os conhecimentos adquiridos sobre a matéria para a avaliação dos grupos participantes.
Sergio Correia Branco executa vários instrumentos, nomeadamente violão, violao requinto, cuatro venezuelano, bandolim, cavaquinho minhoto, braguinha madeirense, rajão madeirense, hrmónica, acordeão de piano e acordeão tipo diatónico (conhecido em Portugal como Concertina).
Como acordeonista, tem participado na gravação de discos de música popular portuguesa e mexicana. Regularmente dá aulas particulares de violão, cuatro venezuelano e acordeão na cidade de Caracas, onde continua residindo até hoje.